Perda Prematura dos Dentes de Leite

Postado por Victor Castilho terça-feira, 26 de abril de 2011 0 comentários


PERDA PREMATURA DO DENTE DE LEITE

Não importa se foi em razão de um tombo ou se os próprios pais trataram de removê-lo por causa do balança-mas-não-cai. A perda prematura do dente de leite pode prejudicar a arcada definitiva

Durante a brincadeira, a criança sofre uma queda, bate a boca e... lá se vai o dente. Tudo bem, era de leite, costumam dar de ombros pai e mãe, despreocupados, como se a primeira dentição não tivesse assim tanta importância. Errado. “Os dentes de leite funcionam como um guia para os permanentes. Se eles caírem antes da hora, os vizinhos podem ocupar o lugar dos que ainda vão nascer e isso muda toda a configuração do sorriso”, O resultado final fica, digamos, um tanto torto. O problema, então, não será meramente estético.

“Dente que cai antes do tempo exige visita imediata ao odontopediatra. Provavelmente ele vai sugerir um aparelho para conservar o espaço destinado ao permanente”,. “Isso se houve mesmo uma perda. É que não raro o dente não caiu, mas penetrou na gengiva e ficou ali bem escondido, sem ninguém desconfiar”, acrescenta o dentista Marcelo Sarra Falsi, de São Paulo. “E a queixa de dor, se houver, acaba sendo atribuída ao traumatismo.”

O outro lado dessa história é que, às vezes, o dente de leite demora demais para se desgrudar da gengiva e isso também atrapalha a erupção do permanente. O resultado é uma arcada dentária desalinhada, que fica com um encaixe imperfeito. “Se o dente já está mole há uns dois meses ou há apenas alguns dias, mas a criança está reclamando de dor ou de incômodo ao mastigar, procure um especialista porque só ele pode removê-lo com segurança”.
“Outro erro comum e grosseiro é descuidar da higiene de dentes que estão na boca só de passagem. Até mesmo as cáries podem migrar do dente temporário para o permanente por meio da raiz e isso obriga a um tratamento de canal ou mesmo a uma extração na mais tenra idade”.

“Os cuidados com os dentes de leite devem começar quando a criança ainda está no útero materno. As grávidas precisam de muito cálcio e fósforo para a boa formação da arcada do bebê”, “O açúcar, ao contrário, deve entrar na dieta com parcimônia. A partir do quarto mês de gestação, acredita-se, o feto já identifica o sabor adocicado e isso pode fazer com que ele vire um fã de doces no futuro.”

“Assim que o bebê nasce e, antes mesmo de o primeiro dente de leite surgir, já dá para evitar problemas. A boca da criança é menos resistente a microorganismos do que a dos adultos, afirma Paulo Nelson Filho. “Por isso pais, avós, babás, ninguém deve provar a comida na mesma colher que o pequeno irá usar, para não contaminá-la”, alerta ele. “Pelo mesmo motivo, nada de soprar os alimentos para esfriá-los ou beijar a meninada na boca”, acrescenta Oscar Razuk.

Por fim, um recado para grávidas e para mães que acabam de dar à luz: mamar no peito também é importante para o sorriso do seu filho. “Isso exige mais esforço do que sugar o leite na mamadeira e estimula o desenvolvimento da mandíbula”, explica Marcelo Sarra Falsi.

POR QUE ELES CAEM?

Ao todo, a boca infantil soma 20 dentes de leite, que são substituídos um a um porque, embora parem de crescer, os ossos que os sustentam continuam se desenvolvendo, assim como a estrutura muscular da cabeça. Por volta dos 6 anos, quando amadurece o primeiro par de permanentes, a raiz dos dentes de leite vai sendo absorvida. Sem essa sustentação eles amolecem até cair e cedem espaço para a arcada permanente, composta de 32 dentes.

Fonte: Revista Saúde, março 2008

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