PERDA PREMATURA DO DENTE DE LEITE Não importa se foi em razão de um tombo ou se os próprios pais trataram de removê-lo por causa do balança-mas-não-cai. A perda prematura do dente de leite pode prejudicar a arcada definitiva “Dente que cai antes do tempo exige visita imediata ao odontopediatra. Provavelmente ele vai sugerir um aparelho para conservar o espaço destinado ao permanente”,. “Isso se houve mesmo uma perda. É que não raro o dente não caiu, mas penetrou na gengiva e ficou ali bem escondido, sem ninguém desconfiar”, acrescenta o dentista Marcelo Sarra Falsi, de São Paulo. “E a queixa de dor, se houver, acaba sendo atribuída ao traumatismo.” O outro lado dessa história é que, às vezes, o dente de leite demora demais para se desgrudar da gengiva e isso também atrapalha a erupção do permanente. O resultado é uma arcada dentária desalinhada, que fica com um encaixe imperfeito. “Se o dente já está mole há uns dois meses ou há apenas alguns dias, mas a criança está reclamando de dor ou de incômodo ao mastigar, procure um especialista porque só ele pode removê-lo com segurança”. “Os cuidados com os dentes de leite devem começar quando a criança ainda está no útero materno. As grávidas precisam de muito cálcio e fósforo para a boa formação da arcada do bebê”, “O açúcar, ao contrário, deve entrar na dieta com parcimônia. A partir do quarto mês de gestação, acredita-se, o feto já identifica o sabor adocicado e isso pode fazer com que ele vire um fã de doces no futuro.” “Assim que o bebê nasce e, antes mesmo de o primeiro dente de leite surgir, já dá para evitar problemas. A boca da criança é menos resistente a microorganismos do que a dos adultos, afirma Paulo Nelson Filho. “Por isso pais, avós, babás, ninguém deve provar a comida na mesma colher que o pequeno irá usar, para não contaminá-la”, alerta ele. “Pelo mesmo motivo, nada de soprar os alimentos para esfriá-los ou beijar a meninada na boca”, acrescenta Oscar Razuk. Por fim, um recado para grávidas e para mães que acabam de dar à luz: mamar no peito também é importante para o sorriso do seu filho. “Isso exige mais esforço do que sugar o leite na mamadeira e estimula o desenvolvimento da mandíbula”, explica Marcelo Sarra Falsi. POR QUE ELES CAEM? Ao todo, a boca infantil soma 20 dentes de leite, que são substituídos um a um porque, embora parem de crescer, os ossos que os sustentam continuam se desenvolvendo, assim como a estrutura muscular da cabeça. Por volta dos 6 anos, quando amadurece o primeiro par de permanentes, a raiz dos dentes de leite vai sendo absorvida. Sem essa sustentação eles amolecem até cair e cedem espaço para a arcada permanente, composta de 32 dentes. Fonte: Revista Saúde, março 2008
“Outro erro comum e grosseiro é descuidar da higiene de dentes que estão na boca só de passagem. Até mesmo as cáries podem migrar do dente temporário para o permanente por meio da raiz e isso obriga a um tratamento de canal ou mesmo a uma extração na mais tenra idade”.
Várias técnicas de sedação são utilizadas nos dias atuais na odontologia. Vários também são os motivos para o emprego destas técnicas e as mais comuns são o controle do medo e da ansiedade e pacientes com comprometimento médico (distúrbios mentais, paralisia cerebral, etc.).
As técnicas de sedação mais conhecidas e utilizadas em odontologia são a anestesia geral, utilização de fármacos e a utilização do óxido nitroso, esta última ainda é pouco utilizada nos consultórios brasileiros por alguns motivos, entre eles a pouca ou nenhuma difusão da técnica tanto para alunos de odontologia quanto para os pacientes, o valor elevado do equipamento e sua manutenção e a desconfiança que as pessoas ainda tem dessa técnica
- O fato do gás ter um curto período latente,
- Ser facilmente eliminado
- Poder ter sua concentração alterada durante o procedimento,
- Poder ser utilizado por minutos ou horas,
- Permitir ao paciente realizar atividades normais após o procedimento,
- Não necessitar de injeção,
- Não trazer efeitos colaterais no fígado, rim, coração, cérebro ou sistema respiratório.
Devemos deixar bem claro que a sedação não substitui a utilização da anestesia no consultório. As contra indicações são:
- Não deve ser utilizado por pacientes com obstruções das vias aéreas superiores (infecção respiratória, aumento das amígdalas e/ou adenóides)
- pacientes psicóticos ou que fazem uso de drogas psicotrópicas.
- Pacientes com problemas comportamentais severos.
- Pacientes no primeiro trimestre de gravidez e doenças pulmonares crônicas (enfisema ou bronquite severas).
O óxido nitroso proporciona duas sensações aos pacientes, a primeira é a sedação consciente que nada mais é do que a depressão mínima do nível de consciência, mantendo a habilidade do paciente de independentemente e continuamente respirar e responder a estímulos físicos ou verbais, a outra sensação é a analgesia, que é a diminuição da dor do paciente devido a depressão do córtex cerebral. Essas sensações eliminam o medo, a dor e a ansiedade, facilitando a cooperação de pacientes que normalmente não cooperam com o profissional.
A técnica de sedação é muito simples, sendo o equipamento: dois cilindros (O2 e N2O), válvulas redutoras e reguladoras dos gases, manômetros, fluxômetros, balões reservatórios, tubos e traquéias condutoras e a máscara nasal. Durante todo o procedimento são checados os sinais vitais do paciente e aspecto dos olhos e face do paciente. A sedação é uma técnica muito simples, porém algumas complicações podem ocorrer, sedação inadequada ou incompleta em pacientes emocionalmente instáveis, com personalidade autoritária, que fazem uso de drogas ou extremamente fóbicos e náusea e vômito (menos que 0,5% dos casos).
Dentição decidual (de leite)
- Os incisivos centrais inferiores são os primeiros dentes de leite a aparecer na boca por volta dos 6 meses. São seguidos mais ou menos um mês mais tarde pelos incisivos centrais superiores. Passam então cerca de 2 meses até ao surgimento dos incisivos laterais superiores. Os incisivos laterais inferiores emergem um pouco antes dos laterais superiores. Regra geral, os dentes inferiores precedem os superiores, e os dentes em ambas as arcadas (maxilar superior e mandíbula), aparecem aos pares, um esquerdo e um direito. Com a idade de 1 ano ou mais tarde, erupcionam os primeiros molares de leite. Os caninos deciduais aparecem por volta dos 16 meses. Por último surgem os segundos molares. Quando a criança atinge os 2 ou 2 anos e meio de idade, é de esperar que todos os dentes de leite estejam já em uso.
Repetindo, a ordem usual na erupção dos dentes deciduais na boca é a seguinte:
1. incisivos centrais
2. incisivos laterais
3. primeiros molares
4. caninos
5. segundos molares
Os dentes mandibulares normalmente precedem os do maxilar superior na sua ordem de surgimento. Quando completa, a dentição decidual é composta por 20 dentes (10 superiores e 10 inferiores).
Por altura dos 5 anos de idade o crescimento das arcadas dentárias é manifesto por alguma separação dos dentes deciduais. Uma ideia ainda bastante comum é a de que a dentição decidual não é para levar a sério uma vez que será perdida numa idade ainda muito nova para dar lugar aos dentes permanentes. Muitos por isso pensam que como é uma dentição que será substituída, qualquer dano ou perda prematura, não é importante. Isto é uma visão errada e tem prejudicado o desenvolvimento dental das crianças. Possivelmente porque têm sido chamados de "dentes de leite" ou "dentes de bebé", o leigo tende a pensar nos dentes deciduais como sendo temporários. Simplesmente não é este o caso. Todos os dentes deciduais podem estar em uso dos dois aos sete anos, ou seja 5 anos no total. Alguns dos dentes deciduais estão em uso desde os seis meses até aos doze anos, 11 anos e meio ao todo.
Importante: a perda prematura dos dentes deciduais, ou de leite, ou primários (também são assim chamados), é considerada hoje em dia como um dos factores de origem e desenvolvimento de uma articulação anormal dos dentes permanentes ou definitivos. (voltar acima)
Dentição permanente (definitiva)
- Os primeiros dentes da dentição permanente a emergir na boca são os primeiros molares. Eles fazem a sua aparição imediatamente atrás dos segundos molares deciduais, na idade dos 6 anos. Como consequência são frequentemente chamados de "os molares dos 6 anos". São muito maiores que qualquer dente decidual e não podem fazer a sua entrada antes que o desenvolvimento da mandíbula atinja um estádio que permita suficiente espaço. É um dente que escapa por vezes a ser notado porque não é precedido pela queda de nenhum dente decidual uma vez que nasce num espaço onde não havia dente algum.
O segundo dente permanente a tomar o seu lugar na arcada é o incisivo central inferior, que aparece quando a criança tem entre os 6 e 7 anos de idade. Tal como na dentição decidual, os dentes permanentes inferiores tendem a preceder os do maxilar superior no processo de erupção.
Pouco tempo depois destes, surgem os incisivos laterais inferiores, por vezes simultaneamente com os centrais. A seguir vêem os incisivos centrais superiores e cerca de um ano mais tarde os incisivos laterais superiores. Os primeiros pré-molares seguem os laterais quando a criança está nos 10 anos de idade; os caninos inferiores aparecem muitas vezes ao mesmo tempo. Os segundos pré-molares surgem no ano seguinte e a seguir os caninos superiores. Normalmente, os segundos molares nascem quando o indivíduo atinge os 12 anos; situam-se posteriormente aos primeiros molares e são muitas vezes designados de "molares dos 12 anos".
Os terceiros molares (dentes do siso) não surgem antes dos 17 anos ou até mais tarde. É necessário um considerável crescimento da arcada após os 12 anos para permitir espaço a estes dentes. Os terceiros molares estão sujeitos a muitas anomalias e variações na forma. Muitas vezes estes dentes permanecem inclusos no osso durante anos. Uma forma de determinar se os terceiros molares estão ou não presentes é através de uma radiografia panorâmica. As pessoas que têm os terceiros molares devidamente desenvolvidos e alinhados são de facto uma minoria. Pensa-se até que é um dente com tendência a desaparecer com a evolução do ser humano. Normalmente quando um dente do siso dá problemas o(a) dentista não hesitará em extraí-lo.
Resumindo, a ordem normal na qual os dentes permanentes fazem a sua erupção é a seguinte:
1. primeiros molares.
2. incisivos centrais e laterais inferiores.
3. incisivos centrais superiores.
4. incisivos laterais superiores.
5. caninos inferiores.
6. primeiros pré-molares.
7. segundos pré-molares.
8. caninos superiores.
9. segundos molares.
10.terceiros molares.
Uma dentição permanente completa é constituída por 32 dentes (16 superiores e 16 inferiores).
(voltar acima)
Composição do dente
- Na composição de um dente entram quatro materiais diferentes: o esmalte, a dentina, o cimento e a polpa.
A parte externa da coroa do dente, isto é, a parte que emerge das gengivas, está coberta de esmalte que é a substância mais dura do organismo. O esmalte se for lascado, partido, gasto pela erosão ou atacado pela cárie, não se reconstitui e expõe a camada subjacente de dentina que é mais macia e solúvel ficando o dente com mais sensibilidade. A raiz do dente, ou seja, a parte localizada abaixo da gengiva, é revestida por uma camada fina de cimento que é um tecido vivo susceptível de crescer e se reconstituir. Logo abaixo do esmalte e do cimento fica a dentina que é uma substância semelhante ao osso. No interior da dentina existe uma cavidade central que é preenchida pela polpa, tecido mole que contém os nervos e os vasos sanguíneos.
Os dentes dividem-se em:
1. incisivos, situados na parte da frente, que têm um rebordo fino destinado a cortar os alimentos.
2. caninos, logo após os incisivos e com a função de dilacerar os alimentos demasiado duros para serem cortados.
3. os pré-molares e os molares cuja função é de triturar os alimentos.